SÓ PRA CONSTAR

Saturday, February 11, 2006

Parei pra pensar.
Acontecimento raro
que sempre sai caro
pois na hora em que eu paro
a vida só faz continuar.
Mas pra que polemizar?
Achei pertinente
poder te avisar
que me faço calar
que evito te olhar
pra não ser insistente.
É melhor ser ausente?
Se pareço curado
e do amor refeito
quase um novo sujeito
sem vazio no peito
só pareço errado.
Te agrado calado?
Você foi embora
mas no caminho inverso
me veio o verso
abrigo perverso
de quem perde e chora.
Tudo o que é bom demora?
Num diminutivo
carinho profundo
no sono me afundo
te faço meu mundo
meu sorriso festivo.
Eu não sou bom motivo?
E sozinho te chamo
na vontade de impor
um momento sem dor
e em meio ao torpor
corpo seco, inflamo.
Sabe o quanto te amo?
Eu não posso mentir
e por mais que eu tente
te arrancar na nascente
é só vê-la em mente
que começo a sorrir.
É melhor desistir?
E enquanto te espero
penso em seu rosto amado
milagre desenhado
por artista isolado
de qualquer entrevero.
Descobriu o que eu quero?
Beijos ternos e internos
amor sem perfeição
uma mesma direção
te fazer única estação
e pôr fim aos invernos.
Que tal sermos eternos?

2 comments:

Luciana Bollina said...

Fer... tudo o que vc escreveu chegou até mim muito bem.... emocionante! Bjos e parabéns!

Anonymous said...

"meu poeta vagabundo
quem dera todo o mundo
fosse assim que nem você"

bjao!!

 
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