O RABISCO E A ESPERA

Wednesday, November 04, 2009

Decorei com muito esmero a minha clausura
Me vesti com os meus trajes de ficar
Estiquei meus panos sobre a cama dura
Me joguei, enfim, no eterno dormitar.

Não me serve de mais nada estar desperto
São meus dias de uma espera recorrente
Estou só, mas se me olhassem bem de perto
Me encontravam nem tão triste, nem contente.

Eu aguardo é pelo coração perdido
Dele eu nunca soube, tão de mim caído
Nem boatos... nunca fatos. Só calar.

E enquanto dele não me vem notícias
Formo um dito de umas letras fictícias:
"Nada é feito sem o peito no lugar".

 
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