UNI DUNI

Wednesday, July 22, 2009


Foi-se o tempo em que eu vivia
Vista larga de alegria
A notar tudo o que é.

Enxergava atrás do escuro
Via - pasmem! - o futuro
Me engasgava tanta fé

Dava passos sempre retos
Me levavam os pés diletos
Me guiava a vista clara.

Meu destino estava perto
(De mentira) estava certo
Chegaria a vida rara!

Mas andar demais fadiga
Esperar dói a barriga
E chorar cerra o olhar

Estanquei num certo canto
Que chamei "Canto do Pranto"
Que é pra sempre magoar

Lá deixei parado o passo
Meu olhar tornou-se crasso
Nunca mais andei ou vi.

Hoje me pesa a preguiça
A vontade sempre enguiça
Pra onde eu ia, me esqueci.

Tanto tempo sem notar-me
Tanto, tanto sem mirar-me
Que a memória andou de ré.

Se eu me volto para o chão
Minha cansada visão
Não me diz qual é o meu pé.

PERDI

Thursday, July 09, 2009

Acontece que a poesia não rasteja
Sobrevoa
Observa, longealada
Meu nariz riscar o chão.

 
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