Monday, February 20, 2006
Não preciso que me expliques
o curto tempo, o longo beijo
e o fato de eu ter nascido no formato do teu abraço.
Que substantivo traduz o que agora existe?
Tão subjetivo e tão puro na boca
que na meia luz se faz clarão
para que eu ache em ti o meu lugar.
Que adjetivo classifica o momento primeiro?
Aquele que me acordou trazendo ao pensamento
a tua presença, que tomou o novo lar sem resistência.
Que nome eu posso dar ao presente que me deste?
Nova cor na minha aquarela,
com o laranja desenho minha casa.
Fica o verbo pra depois,
se é que um dia ele se fará necessário...
Vem que a pele, a voz, o movimento
contam o que para nós sempre esteve escrito.
É como já disse um profundo conhecedor: "Deixe as palavras à poesia..."
2 comments:
Horizontalmente...
Silenciosamente despetala essa flor pura que enche o meu ser de cor...
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