A TRISTE VIDA DENTRO DE UM MONÓLOGO

Tuesday, May 23, 2006

Sai correndo, o solitário,
Sem horário pra voltar
Procurado, sai fugido
Decidido a se encontrar
Segue o rumo que a saudade
De verdade identifica
Pisa leve, com a candura
Da ternura que não fica
No caminho, a memória
Monta a história que quiser
Sete filhos, companheira
A vida inteira sua mulher
Nessa fábula tudo é sim
E sem fim é a alegria
Solidão é raridade
Felicidade é noite e dia
Terminado o itinerário
O solitário está só
Concluída a sua andança
Vê a esperança virar pó
Chega ao fim da viagem
Com milhagem de carteiro
Não encontra coração
E a ilusão de ser inteiro
Com a noite já bem alta
Tendo como ribalta o luar
Nesse palco tão vazio

Tanto frio o faz chorar.

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