NU

Monday, January 14, 2008

Peco às pencas ultimamente
Calo a fala de ternura
Com a fome de sujeira.
Penso que essa festa me é recente
Me vem de um pós vida-dura
E um pré pra-vida-inteira.
De que servem modos e canduras
Se a glória verdadeira
Só se entrega ao descrente?
Tragam-me as gazes e ataduras!
Nessa orgia de primeira
Sangro a minh’alma indecente.
Sinto que essa febre é passageira
E que o gozo inconseqüente
(Injustiça!) pouco dura
Faça, então, minha pele corriqueira;
Leve, mesmo penitente,
Nas lambidas da Fartura.

1 comments:

Rebeca Rezende said...

"Você meu caro Jovem Poeta,
não tem o direito de negar-se ao seu martírio.

Só ele pode tornar a sua poesia emocionante. Só ele pode salvá-lo do formalismo em que caem os que se recusam a estar sempre despertos.

É preciso que todos vejam a luz que seu coração transverbera, mesmo coberto por bons panos."

 
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