PARA ONDE VÃO AS ROSAS?

Tuesday, January 29, 2008

Secou-me a roseira
Morreu de abandono
Embarcou num sono
De morte inteira
Não ousei tocá-la
Que descanse plena
Na pausa serena
Que agora a embala
Ficou muito rasa
A minha existência
Tomei desistência
Mudei-me de casa
Fingi desapego
Nem missa rezei
Menti, simulei
Um grande sossego
Nem vi quando a rosa
Ao ter-me a partir
Botou-se a sorrir
Toda indecorosa
“- Se partes, te curro,
Pra mim não há volta”
E a rosa em revolta
Virou-me um sussurro.

3 comments:

Anonymous said...

"É que a rosa, além de branca
(Diga-se isso a bem da rosa...)
Era da espécie mais franca
E da seiva mais raivosa.

– É aqui que a rosa respira...
Geme o vento. Morre a rosa."

(Vinicius de Moraes)

Pati Vieira said...

Linda! linda, Fê!

Beatriz Carvalho said...

Mardita rosa!
Não porque sangrei com seu espinho,
Mas porque me fez de todo encanto e depois me deixou sozinho.



Adoro suas histórias!
Beijo!

 
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