PUTA COMO A PRÓPRIA FÉ

Wednesday, August 01, 2007

Falava-me tanto das próprias virtudes
Que nossas conversas tinham-me o peso da prece
E eu, perdido em meus desejos rudes
Escutava-a, como se despindo-a não estivesse.

Deitada, em seu descanso bovino
Limpava o sexo com lenços de nariz
Depois de usá-lo com esforço ferino.
- Dizia-se casta, minha crente meretriz.

Já escrevi-lhe um soneto de amor
Que ela até hoje recita à voz rouca
De tanto gemer com quem for.

Ajoelhada, reza nua e louca
E se não fala a deus em louvor
É pelo falo que cala sua boca.

1 comments:

Anonymous said...

Huuumm...

sem inspiração para um comentário decente, à altura...

gooostooo...

bjs

 
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