FOSSE ELA O QUE NÃO É

Friday, January 19, 2007

Fosse ela um poema, botava-lhe métrica. Deixá-la os versos livres, jamais! Enclausurava meu tesouro em um cárcere de 4 versos x 3 sílabas poéticas, sem mais nem menos. A teria sucinta, fosse ela um poema.

Ah! Mas se ela fosse um poema... Eu a despiria letra a letra, lentamente. A teria assim, despetalada, exposta toda a nudez de seu sentido. Isso, se ela fosse um poema...

Fosse ela meu grande amor e poesia, eu jamais publicaria. Nem em papel concretizava, nem bem baixinho eu declamava. A teria efêmera, por ser mero pensamento, e a teria eterna, por pairar-me enquanto vivo. Mas somente se ela fosse como amor e poesia.

1 comments:

Luciana Bollina said...

Bravo!!- fã se manifesta.

 
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