DE LONGE

Tuesday, September 12, 2006

De certo um engano
Gigantesco equívoco
Malogrado invento
De um vento mundano
Me trouxe sem dó
Pra esse mundo seco
Onde eu sou poeira
Que beira o só.

Não entendo o dialeto
Menos os costumes
Não me identifico
E fico incompleto
Nessa terra rasa
Sem vida ou sentido
Um pobre sujeito
De peito sem asa.

Me levem pra casa, me levem pra casa...

Na minha cidade
O amor nunca enjoa
O moço não chora
Demora a saudade
Não existe desejo
Sem pele que o mate
Nenhuma partida
Na vida de um beijo.

Eu quero ir embora
Voando, bem solto
Num momento breve
Mais leve que o agora
Na forânea brasa
Que avisa, quietinha
Que apesar da calma
Minha alma não atrasa.

Eu quero a minha casa, eu quero a minha casa...

1 comments:

Anonymous said...

Faz tempo que não apareço hehe

como sempre, lindas palavras

bjos

 
VIVER DE BRISA - by Templates para novo blogger