ACIDENTAL

Thursday, November 24, 2011

Escrevi.
Dois ou três versinhos
Pra lembrar-me de quem sou.

Não deu.

Na tentativa, no entanto,
No acaso, não sei bem
Eis que surge um velho encanto
Digo, novo... não sei bem.
Velhos versos, peito em prosa
Nova a forma do meu bem
Velha a febre e a pele rosa
Novas letras que eu sei bem.
Ah! E acho que amo!

Não queria, juro, dar-te amor assim, mal embrulhado.

Toma, leva
Dois ou três versinhos
Pra lembrar-se de quem sou.
Amanhã eu volto, espera,
Preparado, decorado
Com mais versos na lapela.
Meu nome anunciado pelo vento
Que adentra, remelento,
Na manhã da tua janela.

POP

Tuesday, March 29, 2011

I want to blur your sight with the fume of my sighs

Essa língua me encrespa a boca. À princípio achei que tinha futuro, já que o inglês é molenga, macio; meu inglês sóbrio me lembra o meu português ébrio. Mas não.

Calm your breath and pace your patience

Não.

Aqui eu me sinto um pouco manco da boca. Coxo da língua. E pra piorar, torci o pé.

Tie your thighs around my words

Me… ncomplete.

Logo mais vou sair voando. Explico:

“As ideias são feitas de ar quente e vapor.”

Cada vez que tomo ar pra expressar o que me passa na cabeça e o inglês não se encarrega do transporte, fico mudo, ar suspenso, represado dentro de mim.

Vou subir feito balão que o vento leva, puxa, gira, lambe leve até que -

203

Tuesday, March 15, 2011

Só mais uma brisa leve
Que não sopra, nem abala
Só mais uma água rala
Que não limpa e nunca ferve.

Serve para um por enquanto
É o que cabe por agora
Chiste, pra passar a hora
Feito pra chamar de encanto.

Talvez no marasmo nosso
Bem no fundo, oculto, eu posso
Encontrar algo que preste.

Caso isso não aconteça
Talvez eu desapareça;
Eu e a falta que me veste.

ACALMACALMARIA

Monday, February 21, 2011

Cabe e sobra aqui na palma
A paz da minha alma
A calma acalmaria não.
O peito empunha essa tormenta
A dor que impacienta
Acalma; a calmaria não.

 
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