Saturday, February 27, 2010
Apresento-me a ti (e beiro o enfarte)
Porque sei que é dura a punição
A quem quer que se atreva a enganar-te
Ou fugir de tua imposição
Fiz promessa: por bom tempo amar-te
Por bom tempo (para sempre, não)
Da minha vida, (pois tu não fazes parte)
Tu mandaste, aceitei abrir mão
Fui fiel; declarei meu estandarte
Ter-te amor, só a ti (preso ao chão)
E por fim, proibiste a minha arte
“Nunca mais versos no coração!”
Fui honesto até este momento
Em que faço verso do tormento
De te amar sem ser nunca o que sou.
Denuncio a infração (que ousadia!)
Acabei de fazer poesia
De amor; nosso amor que acabou.