É TÃO SIMPLES...

Friday, November 24, 2006

Desde que perceba o leve toque
Que recebe a tua pele sob a mão
Minha, por ser feita de impulsos
Tua, por direito e querer
Desde que sintas o infinito contido
E retido num simples suspiro de conforto
Guardado em colo aberto, mesmo que restrito
Que faças poesias das minhas frases sem sentido
Soltas por capricho, nunca por descuido
Que sonhes o momento que em seguida se realiza
Simplesmente porque se concretiza o presente irreal
Diante de olhos descrentes e tranqüilos em sua incerteza
Desde que você sorria ao prever toda a dança
Toda a falta que faremos juntos, em cadência...
A indecência das nossas vontades, a relevância
De tudo o que deixaremos de dizer
Esquecidos um no outro
Entretidos
Sabendo que o breve dura o quanto quisermos
E que o para sempre é só uma questão a se acordar.
Combinar
Minhas idéias com tuas possibilidades
Teus anseios com minhas maldades
Nosso conjunto com qualquer coisa que não importe mais
Desde que respondas com angústia às minhas perguntas
E com beijos às minhas denúncias
Desde que cumpra o prometido
Serei sempre teu. Sempre.
Em uma rasa e sincera dependência.

Desde que você me permita...

DENTRO DA CAIXINHA

Sunday, November 19, 2006

tudo aqui
parece tão
pequeno tão
contido tão
mexido. assim
não há espaço
para um braço
fora do
restrito
espaço de mim.

e por ser
tão diminuto
tão privado
não escuto
qualquer voz
que não a
minha
mente tão
sozinha
sem palavra
pra trocar.

tão pequeno
que não
cabe o
dois
só cabe o
um
cabe o

um
só.

BRAVO!

Wednesday, November 15, 2006

Foi coisa da fina!
Já diria a minha
Bela bailarina
Ao final daquela
Sessão vespertina
Recolhendo aplausos
Como a campesina
Saltitando como
Sal na lamparina.

A peça termina!
Vai embora como
Amor de menina
Pois não é que essa
Peça feminina
Me deixou chorando
Água e purpurina
Pra virar memória
História – Imagina!

Ei! Dona Firmina!
Traz logo a vassoura
Varre a serpentina
Pega esse libreto
Joga na latrina
Nosso palco fugiu
Quieto, na surdina
Vam´bora pra casa
Fecharam a cortina.

VITA MINA

Sunday, November 05, 2006

Quem me cura da procura é a Doralina. Só com a Doralina passa.

Eu tenho uma gaveta cheinha de remédios. Neosaldina, Novalgina, Amoxilina, Propolina, Demolina, Afligolina, Mexobollina. Mamãe me ensinou a maravilha das INAS. Qualquer coisa que eu sinta, mato com alguma INA da gaveta. Deu coceira? Afligolina na safada. Gastrite? Poxa, saco uma Propolina.
Saudade? É... saudade... Bem, tem remédio pro que for. Milagres da medicina!
Só quem me cura da procura é a Doralina. Mas a Doralina eu não acho...

 
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